terça-feira, 1 de abril de 2014

A experiência da paternidade - Parte VI

Já se passaram algumas semanas desde a ideia que tive de publicar essa postagem que trata de algo tão simples, todavia, tão grandiosa quando exercida no cotidiano de nossas vidas, especialmente nas nossas famílias. Falo da prática do abraço, do estar junto, do querer bem, do amar um ao outro, do respeitar-se, da comunhão de corações...

Nunca acreditei que somos uma família perfeita, pois só Deus é perfeito e o sumo bem. Entretanto, Ele nos convida a experimentar o Seu amor entre nós. Enquanto família, essa experiência torna-se latente e necessária, principalmente quando os filhos chegam. Obviamente que um lar sem os pequeninos não necessariamente deva ser um lar sem amor ou aconchego, mas o fato é que a presença desses, tornam a prática e vivência do amor mais necessária e por que não dizer, responsável com um certo grau de profundidade e com demonstrações próprias que os conduzam a desejar viver esse amor entre os seus.

A família é verdadeiramente um ninho de amor. O Senhor nos chama a partilhar com os nossos filhos esse amor que em nós - eu e minha esposa - foi derramado abundantemente desde o início do nosso namoro. Nesse sentido, sempre procuramos demonstrar nosso amor como casal e com os nossos filhos. Em casa, é comum as crianças nos "pegarem" dançando canções que relembram o início do nosso namoro e a nossa vida como casado (aqui o bom e autêntico forró "pé de serra" predomina). Eles percebem que amamos estar juntos e como somos felizes um pelo outro. Essa cumplicidade irradia os corações dos pequenos, como por exemplo, ao entregar um buquê a minha amada esposa, as Marias ficam "sem graça" e o "encantamento" é imediato. É impressionante perceber a percepção deles com esses detalhes!!!

Assim, vamos observando que "detalhes" fazem toda a diferença nesse relacionamento entre nós. Deitar-se com as crianças na cama um pouco; ficar bem abraçadinho; contar piadas sem graça; falar das nossas experiências quando éramos crianças; brincar junto; dentre tantas outras coisas. Meu Deus, como o Senhor é bom por nos permitir tamanha graça de ser uma família!

O valor de um abraço, de um cheiro no pescoço (toda noite minha primogênita faz questão de dá um cheiro bem grande no meu pescoço!), de um bilhetinho, de um cartaz, de uma flor... é imensurável! E nessas singelas experiências, vamos percebendo que os pequenos vão crescendo em estatura e graça diante de Deus. As próprias atividades escolares vão "desenhando" um pouco desse entendimento que eles adquirem desde cedo. Os rabiscos nos cadernos, os bilhetes enviados (mesmo que seja para pedir desculpas) e o carinho demonstrado revelam que eles compreendem o que é ser um filho. Compreendem que seus pais os amam e também exigem respeito e submissão. Além do mais, eles aprendem a viver em comunhão com os próprios irmãos. Não sejamos ingênuos de pensar que não ocorrem os desentendimentos e "arengas", mas acima de tudo, há o respeito e o entendimento de que precisa pedir desculpas e que o sentimento de irmãos sempre deve prevalecer.

Eu tive a oportunidade de experimentar isso na minha infância e sei que muitos não teve por diversos motivos. Mas os nossos filhos merecem o melhor de nós, independentemente daquilo que vivenciamos outrora. Urge começar a plantar a semente do amor em nossos corações para que os nossos filhos sejam amados e queridos conforme os desígnios de Deus. 

Analisando algumas situações corriqueiras que me deparo, principalmente em ambientes escolares, como os dos meus filhos, percebo que muitos pais estão demasiadamente preocupados com os afazeres domésticos e profissionais (isso é importante, mas não é tudo!), e normalmente estão perdendo esse tempo precioso de VIVER COM ELES, DE SER UM COM ELES! Por isso, caro(a) amigo(a) leitor(a), não espere pelo amanhã, comece a amar hoje! Não percamos tempo!

Que Nosso Senhor Jesus Cristo infunda em cada coração o amor necessário para que a santidade seja fecunda em nossas famílias!

De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria

 Maria Clara com a mamãe
 Maria Gabriela com mamãe
 
 Um dos "rabiscos" de Maria Gabriela em setembro de 2013. Observem o detalhe dos corações unidos (5 corações - Danilo, Adélisan, Clara, Gabriela e Pedro).
 Um bilhetinho de Maria Clara para o papai
 Cartaz que Maria Gabriela fez para a chegada do irmãozinho Pedro José em casa após seu nascimento
 
 Cartaz que Maria Gabriela fez para a chegada do irmãozinho Pedro José em casa após seu nascimento
 
 Atividade escolar que Maria Gabriela fez semana passada interpretando um poema. Confesso que enchi os olhos d´agua. Lindo demais!
 Como resistir a um bilhete desse que ao chegar do trabalho está abaixo da imagem de São José para que eu lesse?
 As crianças ficam tão felizes quanto a mãe quando ganha flores. E então eu passei a trazer um botão de rosa para cada uma
 Surpresa para a mãe do seu aniversário
 Nosso São João é sempre divertido
 Essa rede é fantástico! Sempre cabe mais um!
 Brincar é sempre bom!
 Amigas! Acima de tudo, irmãs!

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