Em homenagem ao 60º aniversário de ordenação sacerdotal do Papa Bento XVI, trago essa semana algumas postagens relacionadas diretamente ao 266º Papa da Igreja Católica Apostólica Romana, incluindo algumas curiosidades e informações sobre esse teólogo alemão que muito nos ensina a amar a Igreja, Corpo Místico de Cristo.
Numa densa conversa com o jornalista Peter Seewald, o então Cardeal Joseph Ratzinger na época fala de diversos assuntos de sua vida, inclusive os tempos horríveis da guerra. Perguntou então o jornalista:
"O senhor pertenceu à Juventude Hitlerista? De início não pertencíamos. Contudo, com a introdução, em 1941, da Juventude Hitlerista obrigatória, meu irmão tornou-se membro, de acordo com essa norma. Eu ainda era muito novo, mas mais tarde fui inscrito na Juventude Hitlerista quando estava no seminário. Assim que saí do seminário, nunca mais fui lá. E isso era difícil porque a redução da mensalidade, de que eu realmente precisava, estava ligada à comprovação de frequência à Juventude Hitlerista. Mas, graças a Deus, tive um professor de Matemática muito compreensivo. Ele próprio era nazista, mas um homem consciencioso, que me disse: 'Vai lá uma vez para resolvermos isso…' Quando viu que eu realmente não queria ir, disse: 'Entendo, eu dou um jeito nisso' e assim pude ficar de fora" (O Sal da Terra - Um diálogo com Peter Seewald, p. 44). Obs: Joseph Ratzinger em 1943, aos 16 anos, com uniforme militar de uma unidade anti-aérea (foto ao lado).
Sobre o mesmo assunto, fala o Papa em sua autobiografia parcial (Lembranças da minha vida - Ed. Paulinas): "No dia 10 de setembro de 1944, tendo chegado à idade militar, fomos dispensados da Flak, na qual tínhamos prestado serviço como estudantes. Quando cheguei em casa, a convocação para o treinamento básico da infantaria alemã já estava sobre a mesa. No dia 20 de setembro, uma viagem interminável nos levou para a província de Burgenland, onde nos mandaram para um acampamento no triângulo entre a Áustria, a Tchecoslováquia e a Hungria; no grupo havia muitos amigos do ginásio de Traunstein. Aquelas semanas de treinamento são, para mim, uma lembrança deprimente. Nossos chefes tinham pertencido, em grande parte, à assim chamada Legião Austríaca; eram, pois, nazistas de longa data, que sob o chanceler Dollfusz tinham estado na cadeia: ideólogos fanáticos, que nos tiranizavam brutalmente. Uma noite nos mandaram sair da cama e nos reuniram; estávamos sonolentos, vestidos em nossas roupas de treinamento. Um oficial da SS mandou que nos apresentássemos, um por um, e, aproveitando-se do nosso consaço e confrontando-nos com o grupo reunido, tentou forçar-nos a nos alistarmos 'voluntariamente' para o serviço na SS. Muitos companheiros bondosos foram pressionados a entrar para aquele grupo criminoso. Eu, com mais alguns, tive a felicidade de poder dizer que pretendia me tornar um sacerdote católico. Zombando de nós e nos insultando, eles nos mandaram sair de lá. Mas esses insultos tiveram excelente sabor, pois nos libertaram da ameça daquela opção 'voluntária' e de todas as suas sequelas" (pp. 36-37).
Essas afirmações apenas confirmam a verdade dos fatos, isto é, o Papa esteve na juventude Hitlerista porque foi obrigado, além de nunca ter estado a frente de uma batalha como soldado beligerante, tendo atuado na guarnição antiaérea de Munique. Além do mais, essas afirmações desmentem diversas calúnias que foram propagadas pela mídia nos anos sucessivos a sua eleição como Papa.
Viva o Santo Padre!!! Viva Bento XVI!!!
De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria
2 comentários:
A cada dia me torno mais admiradora de tão grande homem!! Admiro a sua simplicidade, humildade, candura, sensatez, inteligência, seu amor pela Igreja, seu zelo pela Liturgia... O maior teólogo dos tempos atuais, sem dúvidas!!! Vida longa ao Papa!!!!
A cada dia me torno mais admiradora deste tão grande homem. Me encanta a sua candura, sensatez, humildade, simplicidade, inteligência, seu amor pela Igreja, o zelo pelo liturgia, o amor para com o próximo... O maior
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