quinta-feira, 2 de julho de 2015

Um sim para a eternidade...

Faz tempo que aprendi (muito desse aprendizado se deu por experiência própria) que na vida temos "altos e baixos". Ora a tristeza parece se sobrepor a alegria de outrora, ora um sentimento de pessimismo pode deixar de cabeça baixa aqueles que sempre estiveram prontos e disponíveis para fazer a vontade de Deus. Costumo pensar que a fragilidade humana nos condiciona a tais oscilações, mas esta não é uma configuração própria do homem, haja vista que este nasceu para dá glórias a Deus e com sua vida testemunhar para o mundo que o Senhor é bom!

Nesse sentido, como entender essas inconstâncias de nossas vidas? Certamente essa é uma pergunta que exige uma resposta complexa e nem sempre compreensível para nós, pois podemos criar inúmeras justificativas para nossas próprias falhas e inquietudes. Gosto de dizer que enquanto humanos podemos errar, mas que Deus nos chama sempre a acertar, mesmo sabendo Ele que nós erramos muito (lembram do filho pródigo?) e que somos muito frágeis, todavia, o amor de Deus é infinito e rico em misericórdia... Nele encontramos nossa verdadeira face! Em Deus nossas máscaras se vão num piscar de olhos... E justamente nesse momento nos damos conta de que Ele nos perdoa e nos convida a ser felizes!

Após essa introdução que muito me fez pensar nos queridos amigos Fábio (mais conhecido por Fabinho) e Eliza, juntamente com o fruto dessa união, o pequeno Guilherme. No último sábado, dia 27/06, pude testemunhar a celebração desse convite e chamado de Deus a essa família.

Sem adentrar em minúcias, pois estas já estão guardadas no Coração do Pai, meu coração se encheu de gratidão naquela manhã em que participávamos do Sacrifício do Cordeiro Imolado, oportunidade ímpar para que o matrimônio deles fosse finalmente celebrado. Na simplicidade daquela manhã, mais uma vez senti o amor misericordioso de Deus sobre seus filhos, a começar deste que vos escreve.

Perceber a beleza de Deus na brancura do véu, na elegância do noivo, no sorriso do garoto que muito desejou aquele momento, nas lágrimas derramadas, nas suaves canções ecoadas na capela, na precisa e belíssima homilia do sacerdote, no Sacramento do Altar que se deu aos que mais ansiavam por este dia, nos olhares dos casais que ali confirmavam a potência do amor no matrimônio, na alegria da mãe em vê a filha, o mais novo filho, o outro filho que chorava de alegria pela irmã e do sobrinho, na presença de uma idosa que abraçava seu neto com carinho e ternura, e até na ausência dos que amamos e sentimos falta (e só Deus pode sondar os corações!!!), pois se chorei de saudade foi porque eu amei e amo...

No Catecismo da Igreja Católica, no número 372, diz: "O homem e a mulher são feitos "um para o outro": não que Deus os tivesse feito apenas "pela metade" e "incompletos"; criou-os para uma comunhão de pessoas, na qual cada um dos dois pode ser "ajuda" para o outro, por serem ao mesmo tempo iguais enquanto pessoas ("osso de meus ossos...") e complementares enquanto masculino e feminino. No matrimônio, Deus os une de maneira que, formando "uma só carne" (Gn 2,24), possam transmitir a vida humana: "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra" (Gn 1,28). Ao transmitir a seus descendentes a vida humana, o homem e a mulher, como esposos e pais, cooperam de forma única na obra do Criador".

Naquele sábado eu presenciei mais um SIM (em uníssono!) de dois corações que após oscilarem por diversos motivos que só Deus pode explicar e entender. Fui testemunha de uma decisão séria e grave que brada os céus e refulge como luz para o mundo, pois uma família recebia as bençãos próprias desse sacramento. "O consentimento pelo qual os esposos se entregam e se acolhem mutuamente é selado pelo próprio Deus. De sua aliança “se origina também diante da sociedade uma instituição firmada por uma ordenação divina”. A aliança dos esposos é integrada na aliança de Deus com os homens: “O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino” (n. 1639). 
Como não perceber que essa aliança entre os esposos se torna para nós fonte de alegria e gratidão a Deus por tamanho amor derramado entre os homens? Como não colaborar e torcer para que os desígnios do Senhor sejam constantes na vida desse casal? Sim, eu preciso fazer a minha parte, não apenas como testemunha, mas como propagador desse amor que bate em meu peito como bate também nos meus amigos Fabinho e Eliza. Deus os guarde até a eternidade! Que a Sagrada Família de Nazaré os cubra de todo mal! Parabéns por vocês tomarem essa decisão por Deus!

A Ele todo o louvor e toda glória sejam dadas para sempre! VIVA O MATRIMÔNIO!!!

De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria

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