quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Aprendendo sobre a fé católica!

Qualquer catequista ficaria feliz por perceber que seus amigos e irmãos na fé estão aprendendo e compreendendo paulatinamente a doutrina cristã a eles apresentada. Desse modo, trago mais uma postagem de uma dessas irmãs na fé. Nesta oportunidade, apresento dois simples resumos (um sobre a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura - Revelação Divina; e outro sobre a missão dos apóstolos) feitos por Larissa Maria que participa no Grupo de Jovens Abba. 
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COMO SABEMOS O QUE PERTENCE À VERDADEIRA FÉ?

[Encontramos a verdadeira fé na Sagrada Escritura e na Tradição viva da Igreja.] [76,80-82, 85-87, 97, 100]

A Sagrada Escritura é “a palavra de Deus redigida sob a moção do Espírito Santo.” (Catecismo da Igreja Católica, n. 81) e a Sagrada Tradição consiste na “transmissão integral aos sucessores dos apóstolos a palavra de Deus”. Dessa forma, é justo e importante compreender que a transmissão do Evangelho fez-se de duas maneiras (conforme explanação descrita no n. 76 do Catecismo): 

· Oralmente- “Pelos apóstolos, que na pregação oral, por exemplos e instituições, transmitiram aquelas coisas que ou receberam das palavras, da convivência e das obras de Cristo ou aprenderam das sugestões do Espírito Santo”;

· Por escrito- “como também por aqueles apóstolos e varões apostólicos que, sob inspiração do mesmo Espírito Santo, puseram por escrito à mensagem da salvação.”


Na transmissão oral da Palavra de Deus, inclui-se a Sagrada Tradição, que segundo Padre Paulo Ricardo (e aqui vale o registro do excelente trabalho realizado pelo padre que pode ser conferido através do site www.padrepauloricardo.org), trata-se de fatos relevantes para a fé católica, como por exemplo, a Virgindade da Virgem Maria, além de tantos outros. Já aqueles fatos que não são relevantes para a fé católica pertencem à tradição (com t minúsculo), como por exemplo, a existência ou não dos Reis Magos.
Quanto à transmissão por escrito, consiste na Sagrada Escritura redigida pela luz do Espírito Santo. A missão de interpretar a Palavra de Deus foi confiada exclusivamente ao Magistério da Igreja, ao Papa e aos bispos em comunhão com ele, que não estão acima da Palavra de Deus, mas a serviço dela. (CIC 86)
A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura formam um todo e tendem para o mesmo fim (CIC 80), tornando fecundo na Igreja o mistério de Cristo.
Por fim, vale destacar, para não haver dúvidas ou gerar dicotomias, que “a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só sagrado depósito da palavra de Deus”, no qual, como um em espelho, a Igreja peregrinante contempla a Deus, fonte de todas as suas riquezas” (CIC 97).

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92- Por que razão Jesus chamou apóstolos?


Jesus tinha, à Sua volta, um grande círculo de discípulos, homens e mulheres. Deste círculo, Ele escolheu doze homens, a quem deu o nome de -> APÓSTOLOS (Lc 6,12-16). Os Apóstolos foram formados especialmente por Ele, que lhes confiou diversas tarefas: «Enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os doentes.» (Lc 9,1-2). Também apenas a estes doze Apóstolos confiou, na Última Ceia, uma nova missão: «Fazei isto em memória de Mim!» (Lc 22, 19) [551-553, 567]

Todos os homens são chamados a entrar no Reino de Deus, no entanto, Jesus escolheu doze apóstolos aos quais possuem participação da Sua autoridade (dada unicamente por ele), e permaneceram para sempre associados ao Reino de Cristo, pois a Igreja é dirigida por intermédio deles. Aos apóstolos, o Senhor confiou a missão de guiar, ensinar e celebrar a Liturgia, constituindo o que chamamos de clero.
 Jesus confiou a Simão Pedro uma missão única, quando o próprio Cristo diz: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mateus 16,18). Ressalta-se também outro versículo, não menos importante do que o citado anteriormente, mas parte dessa mesma linha de raciocínio, que confirma a importância da missão de Pedro. O próprio Jesus diz: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: o que ligares na terra será ligado nos Céus, e o que desligares na terra será desligado nos Céus” (Mt 16,19).

Esse poder de ligar e desligar, segundo explicações mais detalhadas no n. 553 do Catecismo da Igreja Católica, corresponde a autoridade para absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta autoridade à Igreja pelo ministério dos apóstolos.

Numa época em que o clero e especialmente o Santo Padre é questionado como qualquer nos aspectos doutrinais são costumeiramente questionados de maneira leviana e indisciplinada, cabe aos católicos não utilizarem somente como uma hashtag #eurezopelopapa, mas fazer disso um compromisso feito com amor e verdade, isto é, compreender a sua fé e orientar aqueles que estão ao seu redor.

Em sua doutrina, vida e culto, a Igreja perpetua e transmite a todas as gerações tudo o que ela é, tudo o que crê. (CIC 98)

Larissa Maria.

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