sexta-feira, 4 de julho de 2014

Et verbum caro factum est

No dia 25 de março de 2014 - Solenidade da Anunciação do Senhor - eu e minha esposa juntamente com alguns amigos e amigas, renovamos nossa consagração à Sabedoria Encarnada - Jesus - por meio de Nosso Senhora segundo o método da Escravidão de Amor escrito pelo grande santo mariano São Luís Maria Grignion de Montfort através do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria. Em mais um ano, tive a oportunidade de cantar e tocar violão na Santa Missa neste dia bendito. Fora numa manhã ensolarada que participamos do Santo Sacrifício da Missa junto aos membros da Legião de Maria, que na ocasião também renovaram seus compromissos com a Mãe de Deus e nossa. 
Todavia, gostaria de partilhar uma experiência por mim vivida naquela manhã. Num grupo do facebook criado para informações e formação sobre a Consagração, escrevi naquela manhã: "Amanhã ou depois partilharei com mais calma, pois estou sem muito tempo agora. Mas fica aqui a imagem que ainda está impregnada em minh´alma depois das graças de hoje pela manhã! Foi numa afirmação do Credo que entendi ainda mais a beleza do ventre santo da Virgem Maria! Deus os abençoe pelo "SIM" de cada um!

Pois bem, passado quase 4 meses, aqui explico melhor o que aconteceu. Eu diria que são aquelas experiências espirituais que Deus nos permite viver num instante, num momento único que se torna eterno em nossos corações. Assim, ouvi atentamente as sábias palavras do Pe. Stanley sobre a Maternidade Divina, sobre Aquela que concebeu o Verbo de Deus... Em seguida, todos recitamos o Credo Niceno-Constantinopolitano. Eu tinha os olhos fixos no sacrário da Matriz de Sant´Ana (foto ao lado) e por um instante ao dizer a frase abaixo em negrito, aquele sacrário se transformava para os meus olhos e coração no verdadeiro ventre de Maria. 

"Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus, e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém."

Talvez eu tenha frustrado alguns irmãos por não conseguir esmiuçar os detalhes de tal visão como eu gostaria, mas a certeza que tomou conta de mim foi tamanha ao ponto de mais uma vez compreender que a Virgem Maria é sim a Mãe de Deus e Mãe nossa e que a cada Santa Missa ela nos ensina a adorar o Verbo Encarnado. O próprio São Luís Maria Grignion de Montfort ao citar uma oração bem conhecida - “Ó Jesus, que viveis em Maria, vinde e vivei em Vossos servos, no espírito da Vossa Santidade, na Plenitude de Vossa Força, na Perfeição de Vossas Vias, na Verdade de Vossas Virtudes, na Comunhão de Vossos Mistérios, dominai sobre toda a potestade inimiga, em Vosso Espírito para a Glória do Pai. Amém.” - explica em seguida no n. 247 do Tratado que "este modo de falar mostra mais claramente a íntima união que existe entre Jesus e Maria. Estão unidos tão intimamente que um está todo no outro: Jesus todo em Maria e Maria toda em Jesus. Ou antes, Ela já não existe: é Jesus que é tudo n'Ela.  Seria mais fácil separar do Sol a sua luz, que Maria de Jesus. Pelo que se pode chamar a Nosso Senhor, Jesus de Maria, e à Santíssima Virgem, Maria de Jesus".

Desse modo, creio que devemos seguir o conselho deste santo no tocante à intercessão de Nossa Senhora, principalmente ao comungarmos o Corpo de Deus com toda piedade e amor: "Depois da Santa Comunhão, estando interiormente recolhido, com os olhos fechados, introduzirás Jesus Cristo no Coração de Maria. Tu O darás à sua Mãe, que O receberás amorosamente, O instalará honorificamente, O adorará profundamente, O amará perfeitamente, O abraçará com amor e Lhe tributará, em espírito e verdade, várias homenagens que nos são desconhecidas, a nós, envoltos nessas densas trevas" (n. 270).
Nesses dias difíceis para os cristãos católicos espalhados no mundo inteiro, confiemos e acreditemos que no fim o Imaculado Coração de Maria triunfará! Forte abraço!

De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria

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