quinta-feira, 22 de maio de 2014

A experiência da paternidade (VIII)

Depois de alguns dias sem poder postar no blog, hoje continuo com as postagens na "série" A experiência da paternidade. E não me venha dizer que o assunto já se esgotou ou estou começando a repetir os conteúdos, pois enquanto pai as novidades são constantes... Eu aprendo diariamente com os pequenos, e mesmo em meio a correria do dia a dia, me pego pensando neles constantemente. Ora fico a imaginar como se saiu Maria Gabriela no seu primeiro TREINO ("Mamãe, não é aula de vôlei, mas treino na seleção da escola!", disse empolgada a primogênita lá de casa). Por outro lado, penso em Maria Clara que ficou chorando porque não iria treinar vôlei (fases da infância explicam isso). Além do mais, como está o patrãozinho Pedro José com sua euforia corriqueira para gritar gol, papá, papá, se arrastar para descobrir tudo nos armários. Nesse sentido, os filhos vão nos completando plenamente... E como sou feliz por eles!

Mas hoje gostaria de partilhar sobre a confiança desses pequenos em relação aos maiores, isto é, aos seus pais. Já tive a oportunidade de escrever sobre a importância do abraço, do estar junto, da diversão em família. Mas aqui falo da confiança deles para com os seus pais que se revelam em diversas ocasiões que vão desde o abraço singelo a uma brincadeira simples. Particularmente, uma das coisas que mais sinto falta do "meu velho", do meu pai é justamente quando ele chegava em casa do trabalho. Aquele cheiro de pai é indescritível. Sinto saudades... Vale salientar que os exemplos dos pais serão sempre base na formação dos filhos. Por isso "ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar" (Pr 22, 6).

Quem não "se derrete" ao chegar em casa cansado e abrir a porta (quando ela já não está aberta com eles lhe recepcionando) e se deparar com os olhinhos "esbugalhados" de ansiedade para lhe abraçar, dá um cheiro, contar as novidades (inclusive as possíveis "arengas"), ou simplesmente ficar perto. 

Eu sempre penso que Deus me abraça através deles... E ao mesmo tempo acredito que são abraçados por Deus através desse pai que os ama muito. Pois bem, nessa reciprocidade vamos compreendendo o verdadeiro sentido de ser pai e filho. Um dos trechos dos Evangelhos que mais me chama atenção diz: "Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará" (Mc 10, 15). Mas como assim Danilo? O que quis dizer Nosso Senhor Jesus Cristo? Simples. Ele nos pediu para que fôssemos mais sensíveis ao amor, às coisas do alto. Mas como? Sendo dóceis a ação do Espírito Santo de Deus. Sendo humildes como os pequenos. Não foi Ele mesmo que em outro momento afirmou? "Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus (Mt 18, 4)".
 
Quantas vezes "fiz o teste" com as crianças sobre a confiança. É impressionante como a minha palavra é decisiva para eles. Um gesto, uma atividade simples ou apenas um "Pule!" faz toda a diferença para eles (a foto acima é uma das mais lindas que eu acho!!!). Mesmo antes de aprender a nadar, Maria Clara já dava provas de que seu pai estaria pronto para segurar e não haveria maiores problemas. Isso mesmo, as crianças nos dão aulas cheias de sabedoria e simplicidade. E por aqui continuo sendo pai e eterno aprendiz dessa maravilhosa vocação que Deus permitiu que eu experimentasse. 

De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria
 Prometi a Maria Gabriela que faria um jantar para comemorar seus 7 anos (12/10/2012). Adoeci e fiquei de "molho" com catapora. Mas alguns dias depois cumpri minha promessa
 A imensidão do mar não chega perto da imensidão do amor entre pais e filhos
Confie meu patrão, confie no seu guerreiro! eheheh

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