Partilhando Nossa Fé: Cultivando flores e rosas

Não lembro ao certo desde quando as rosas me encantam... Creio que desde muito tempo, pois quando criança já gostava de "colher" algumas quando encontrava e levá-las para minha mãe. Quando comecei a trabalhar e ganhar alguns "trocados", já na minha adolescência, lembro que no dia 18 de junho (aniversário da minha amada mãe) sempre eu dava um jeito de comprar um botão de rosa e mais tarde, um buquê. Na verdade, essa ação de presentear trazia algumas questões implícitas que me alegravam, que vão desde o fazer alguém feliz até o encanto próprio das rosas que geralmente envolvem as pessoas, especialmente as mulheres.

Nesse sentido, aos 21 anos casei e já era costume presentear minha amada Adélisan com flores. Mais tarde, as duas primeiras filhas também ganharam esses "mimos", além de alguns amigos que muito admiro e tenho verdadeiro carinho. Assim, na primeira oportunidade que tive, ao comprar o Rancho São José, fiz questão de começar a cultivar algumas flores.

Vale salientar que minha ideia inicial não se restringia a presentear os mais próximos, mas principalmente de ofertar essas flores ao Altar do Senhor, isto é, o Sacrário. Sem menos entusiasmo, a imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rancho São José sempre está próxima de um singelo arranjo de flores como sinal de devoção e amor filial.

Desse modo, posso lhes garantir que o cultivo das flores faz bem ao corpo e a alma. Ainda gravarei numa pedra que estará em meu jardim a seguinte frase: "As rosas embelezam os jardins... da casa e do coração". Para finalizar, deixo uma excelente reflexão de Catherine sobre o cultivo das flores e rosas:

"Quem cultiva flores passa seu tempo criando beleza, que o Senhor pode usar para curar pessoas e trazê-las para bem perto de Si. Cada flor é um poema de amor de Deus para nós! Cada uma reflete uma pequena parte da beleza de Deus. Olhe cada uma delas e você se perderá contemplando a infinita perfeição daquela flor - suas cores, sua forma, o feitio de suas pétalas.

As flores dão esperança ao retornar em cada primavera, como o fazem. As flores dão coragem. As flores curam. As flores são arautos da alegria. As flores falam a linguagem silenciosa dos amantes, desde os colares havaianos até as cerimônias de coroação de Nossa Senhora em maio, feitas por crianças. No passado, as procissões do Santíssimo Sacramento eram sempre acompanhadas por garotas que espalhavam pétalas frescas diante da Eucaristia, do mesmo modo como galhos de palmas eram espalhados debaixo dos pés do burrinho quando crianças gritavam "Hosana" ao Rei, quando Jesus, montado nele, entrou em Jerusalém.

Muitos eremitas e santos passaram parte de sua vida de amor com Deus plantando e cuidando de flores - fazendo seu deserto florescer. Uma ermida sem flores não é morada de Deus. Por onde quer que os beneditinos e os franciscanos passavam, eles deixavam ermidas de flores atrás de si. Uma casa sem flores é uma casa morta. Em palavras simples: sempre que exista um coração que ama em um lar, aí existe alguém, seja homem ou mulher, que se dedica a um jardim de flores" (Livro Graça em todo dia, pp. 63-64).

De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria