terça-feira, 15 de maio de 2012

A santidade do trabalho rural

Trago um breve texto de Catherine Doherty sobre a santidade do trabalho rural, característica bem peculiar da Comunidade Madonna House. Quem não lembra dos jardins e trabalhos em Emaús com Andora na época em que esses irmãos moravam em Natal? Lá vivenciei experiências inesquecíveis que trago sempre comigo... Elas me ensinaram a ser mais gente, mais humano, mais eu, mais filho e servo de Deus.

Ano passado quando "inauguramos" o Rancho São José em Lagoa Nova, era como se um "pedaço" de Madonna House estivesse ali, nos pequenos detalhes - na porta azul, nas flores, nos jumentinhos... - Assim, não perdi muito tempo e passei a colocar em prática ações que outrora aprendi com os anawin, os pequeninos de Deus de Madonna House.


  
"O trabalho no campo pode ser hoje um negócio, até mesmo um grande negócio, mas as pessoas que esquecem que trabalho rural é uma forma de viver, poderão chorar um dia, por causa desse descuido. Pois, não há melhor lugar para se viver o Evangelho do que em uma fazenda. Em nenhuma outra parte homens e mulheres se aproximam mais de Deus do que no campo, nas áreas rurais; em nenhuma outra parte estão eles mais próximos a Ele do que quando lavram a terra ou cuidam do rebanho. Jesus nasceu em área campestre e viveu no campo a maior parte de Sua vida. Ele não era fazendeiro, mas seu Evangelho está cheio de exemplos tirados dos trabalhos no campo. Ele falava de vinhedos, colheitas, lavoura, grãos e sementes. Ele amava usar parábolas sobre ovelhas e todos os tipos de rebanho! O carinho para com os animais estava na Sua voz, em certo sentido; o carinho pela terra e por todas as coisas que nela nascem e crescem também estava ali. Será que temos esse carinho? Será que possuímos esse amor? Será que temos essa compreensão? Quando eu era uma menininha na Rússia, nós tínhamos pastores para os nossos cavalos, vacas e ovelhas. Eles conheciam a serenidade e a paz que vêm da vida silenciosa e de ser um só com a natureza e a natureza de Deus. Todos eram profundamente religiosos e os aldeões consideravam sábios até os mais jovens deles. Eles eram respeitados e amavam o trabalho que faziam. Na Rússia, o trabalhador do campo é chamado de krestianim, o que simplesmente significa 'cristão' e os russos têm a idéia correta - o trabalhador do campo deveria ser a figura de um cristão".


Um comentário:

Laiane das Graças disse...

Gostei da pose de agricultor! rsrsrsrs...
Belo texto... Rezemos por aqueles que sobrevivem do trabalho rural, para que as chuvas caiam e a esperança não se perca junto com a colheita que já estar morrendo.