sábado, 9 de julho de 2011

É razoável crer?

Vez por outra me pego folheando um livro que já li em outras oportunidades. Ontem a noite foi um desses dias. O livro é de autoria do espanhol Alfonso Aguiló que publicou através da Ed. Quadrante com o título "É razoável crer?" Livro excelente e bastante esclarecedor sobre diversos temas complexos que são constantes em debates e discussões, dentre eles: sofrimento, morte, ciência x fé, moral, liberdade. Aproveito e partilho uma história narrada que encontra-se na página 40:

"Robert Jastrow, diretor do Goddard Institute of Space Studies, da NASA, e grande conhecedor dos últimos avanços científicos relacionados com a origem do Universo, dizia: Para o cientista que passou a vida acreditando no ilimitado poder da razão, a história da ciência desemboca num pesadelo. Escalou a montanha da ignorância, e está a ponto de conquistar o cume mais alto. E quando está subindo o último penhasco, saem para lhe dar as boas-vindas um monte de teólogos que estavam sentados lá em cima faz muitos séculos".

Desse modo, o autor enfatiza nas páginas 39-40: "Se demonstrar com seriedade a existência de Deus pode ser uma tarefa trabalhosa para a filosofia, demonstrar a sua inexistência é para a ciência uma tarefa impossível. O objeto da ciência é só o observável e o mensurável, e Deus não é nem uma coisa nem outra. Para demonstrar que Deus não existe, seria preciso, como vimos, que a ciência descobrisse um primeiro elemento que não tivesse causa, que existisse por si mesmo, e cuja presença explicasse tudo o mais sem deixar nada de fora. E se pudesse descobri-lo - o que não conseguirá, porque está fora do seu âmbito de conhecimento -, seria precisamente isso que nós chamamos Deus".

Lembrem-se: Ciência e fé se complementam, não se opõem. Outra dica é o livro "Ciência e fé em harmonia" do Prof. Felipe Aquino (Ed. Cléofas). Mês passado foi noticiado em diversos sites a declaração de um famoso cientista que "abalou" em partes um considerável número de ateus que até então o respeitavam muito:


O físico teórico Michio Kaku, considerado um dos cientistas mais importantes da atualidade, diz ter criado uma teoria que pode apontar a existência de Deus. Kaku chegou à essa conclusão por meio de um estudo, ele usou um “semi-raio primitivo de táquions” (Táquions são partículas teóricas, capazes de “desgrudar” do Universo a matéria ou vácuo que entrar em contato com ela, assim, deixando qualquer coisa livre das influências do universo à sua volta), tecnologia criada recentemente em 2005.Embora a tecnologia para chegar às verdadeiras partículas de táquions ainda esteja muito longe de ser alcançada, o semi-raio tem algumas poucas propriedades dessas partículas teóricas, que são capazes de criar o efeito dos verdadeiros táquions, em escala subatômica.


Os resultados dessas experiências fizeram Michio concluir que a existência de “Deus” se deve ao fato de nós vivermos em uma “Matrix”. “Cheguei à conclusão que estamos em um mundo feito por regras criadas por uma inteligência, não muito diferente do seu jogo preferido de computador, claro, impensavelmente mais complexa,” disse. Ele analisou o comportamento da matéria em escala subatômica e percebeu que a parte afetada pelo semi-raio primitivo de táquions, um minúsculo ponto do espaço, estava totalmente livre de qualquer influência do universo, matéria, força ou lei.“Acredite, tudo que nós chamávamos de casualidade até hoje, não fará mais sentido. Para mim está claro que estamos em um plano regido por regras criadas, e não moldadas pelo acaso universal”, comentou o cientista. O comentário de Kaku criou alvoroço no meio científico, dado a sua importância no meio, em especial pela criação da Teoria das Cordas que o fez ser extremamente respeitado por outros cientistas. 

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