quarta-feira, 22 de junho de 2011

Assemelha-te a Cristo Jesus

Vez por outra "me pego pensando" sobre como os desígnios de Deus para cada um de Seus filhos toma caminhos diferentes. Uns experimentam o amor do Senhor através dos filhos, alguns na pureza da castidade e vida celibatária, outros no sofrimento e desgaste de uma doença, e ainda irmãos que no esquecimento, na solidão, no ermo descobrem a presença inefável e doce do Senhor. Entretanto, convenhamos que ficar no "mundo das ideias" é algo por demais cômodo. Alguns de vocês que leem essa postagem pode estar comentando: "Se você com ele essa tribulação... Falar é fácil, queria ver se essa cruz fosse com ele... Deus parece que me esqueceu..."

Na verdade, nunca teremos pleno conhecimento dos mistérios de Deus, nem precisamos ter. Pelo contrário, precisamos sim ser passíveis e coerentes com o chamado que Ele nos fez: "Sede perfeitos, assim como Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48). E para viver essa perfeição que é o chamado universal à santidade, se faz necessário estar disponível à ação de Deus, ou seja, despojar-se das nossas próprias vontades e nos encher da vontade de Deus, a fim de que sejamos repletos do amor do Senhor. Nesse sentido, por mais difícil que seja a situação em que eu me encontre, Deus está comigo! E quanto mais só, esquecido e sofrida forma minha vida, mais Deus derrama Sua misericórdia infinita. Catherine Doherty afirma isso de maneira muito bela e firme, para que nunca esqueçamos que Ele nos amou primeiro (I Jo 4,19) e continua nos amando... "Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Rm 5,8).
"Estar só... esquecido... negligenciado... ver que tudo que você faz é aceito sem gratidão... sofrer em silêncio, permanecer assim silencioso frente à injustiça ou provocação... ser deixado de lado ou rejeitado - isto é semelhante a Cristo. Se nós O amamos, por que nos opomos quando Ele tenta nos modelar à Sua própria imagem, por meio de nossos irmãos, das coisas diárias e dos acontecimentos normais? Caminhar com Cristo é trilhar o caminho da solidão, da dor, do sacrifício. Compreendemos bem esta realidade com nossas mentes, mas nos rebelamos contra ela em nossa carne" (Catherine Doherty).

Que Deus não permita nossas "rebeliões", mas nos ensine a ter paciência, principalmente nas provações (Eclo 2). A Virgem Maria é o nosso grande modelo de intimidade com o Senhor, pois seu caminhar com Jesus não foi apenas recheado de sorrisos, mas de muitas dores e lágrimas. Ele soube como ninguém compreender essa realidade na alma e na carne!

De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria

2 comentários:

laiane disse...

Caminhar de mãos dadas com o Divino Amigo requer mesmo tudo isso! Elé é e eu não sou; só sou sou se Ele for. Se nEle não estiver nada sou...
Peçamos a graça a Deus de ser forte e pequeno como Nossa Senhora, e sob o seu materno olhar comtemplemos a grandeza de Deus, escondido, humilhado,chagado...mas uma única certeza há em meu coração: a miséricordia de Deus é infinitamente derramada no meio de nós em toda e qualquer situação!
Deus é bom! Deus é muito bom!
=)

Joselly disse...

Abençoada seja Catherine Doherty pelas suas palavras.

Abençoado seja você, Danilo, pela grandeza em partilhar essa reflexão conosco.

A paz de jesus.