segunda-feira, 27 de junho de 2011

Bento XVI e a juventude Hitlerista

Em homenagem ao 60º aniversário de ordenação sacerdotal do Papa Bento XVI, trago essa semana algumas postagens relacionadas diretamente ao 266º Papa da Igreja Católica Apostólica Romana, incluindo algumas curiosidades e informações sobre esse teólogo alemão que muito nos ensina a amar a Igreja, Corpo Místico de Cristo. 

Numa densa conversa com o jornalista Peter Seewald, o então Cardeal Joseph Ratzinger na época fala de diversos assuntos de sua vida, inclusive os tempos horríveis da guerra. Perguntou então o jornalista:

"O senhor pertenceu à Juventude Hitlerista? De início não pertencíamos. Contudo, com a introdução, em 1941, da Juventude Hitlerista obrigatória, meu irmão tornou-se membro, de acordo com essa norma. Eu ainda era muito novo, mas mais tarde fui inscrito na Juventude Hitlerista quando estava no seminário. Assim que saí do seminário, nunca mais fui lá. E isso era difícil porque a redução da mensalidade, de que eu realmente precisava, estava ligada à comprovação de frequência à Juventude Hitlerista. Mas, graças a Deus, tive um professor de Matemática muito compreensivo. Ele próprio era nazista, mas um homem consciencioso, que me disse: 'Vai lá uma vez para resolvermos isso…' Quando viu que eu realmente não queria ir, disse: 'Entendo, eu dou um jeito nisso' e assim pude ficar de fora" (O Sal da Terra - Um diálogo com Peter Seewald, p. 44). Obs: Joseph Ratzinger em 1943, aos 16 anos, com uniforme militar de uma unidade anti-aérea (foto ao lado).

Sobre o mesmo assunto, fala o Papa em sua autobiografia parcial (Lembranças da minha vida - Ed. Paulinas): "No dia 10 de setembro de 1944, tendo chegado à idade militar, fomos dispensados da Flak, na qual tínhamos prestado serviço como estudantes. Quando cheguei em casa, a convocação para o treinamento básico da infantaria alemã já estava sobre a mesa. No dia 20 de setembro, uma viagem interminável nos levou para a província de Burgenland, onde nos mandaram para um acampamento no triângulo entre a Áustria, a Tchecoslováquia e a Hungria; no grupo havia muitos amigos do ginásio de Traunstein. Aquelas semanas de treinamento são, para mim, uma lembrança deprimente. Nossos chefes tinham pertencido, em grande parte, à assim chamada Legião Austríaca; eram, pois, nazistas de longa data, que sob o chanceler Dollfusz tinham estado na cadeia: ideólogos fanáticos, que nos tiranizavam brutalmente. Uma noite nos mandaram sair da cama e nos reuniram; estávamos sonolentos, vestidos em nossas roupas de treinamento. Um oficial da SS mandou que nos apresentássemos, um por um, e, aproveitando-se do nosso consaço e confrontando-nos com o grupo reunido, tentou forçar-nos a nos alistarmos 'voluntariamente' para o serviço na SS. Muitos companheiros bondosos foram pressionados a entrar para aquele grupo criminoso. Eu, com mais alguns, tive a felicidade de poder dizer que pretendia me tornar um sacerdote católico. Zombando de nós e nos insultando, eles nos mandaram sair de lá. Mas esses insultos tiveram excelente sabor, pois nos libertaram da ameça daquela opção 'voluntária' e de todas as suas sequelas" (pp. 36-37).


Essas afirmações apenas confirmam a verdade dos fatos, isto é, o Papa esteve na juventude Hitlerista porque foi obrigado, além de nunca ter estado a frente de uma batalha como soldado beligerante, tendo atuado na guarnição antiaérea de Munique. Além do mais, essas afirmações desmentem diversas calúnias que foram propagadas pela mídia nos anos sucessivos a sua eleição como Papa.

Viva o Santo Padre!!! Viva Bento XVI!!!

De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria

2 comentários:

Laiane das Graças disse...

A cada dia me torno mais admiradora de tão grande homem!! Admiro a sua simplicidade, humildade, candura, sensatez, inteligência, seu amor pela Igreja, seu zelo pela Liturgia... O maior teólogo dos tempos atuais, sem dúvidas!!! Vida longa ao Papa!!!!

Laiane das Graças disse...

A cada dia me torno mais admiradora deste tão grande homem. Me encanta a sua candura, sensatez, humildade, simplicidade, inteligência, seu amor pela Igreja, o zelo pelo liturgia, o amor para com o próximo... O maior