quinta-feira, 12 de março de 2015

Lar doce lar!

No último dia oito, após ver na tv muitas homenagens as mulheres pelo dia a nós dedicado, me pus a pensar o quanto nosso papel dentro do lar está visivelmente depreciado frente à sociedade, uma vez que atualmente, sempre os maiores e melhores exemplos e "modelos" de mulheres são aqueles em que estas trabalham exaustivas horas para ganhar melhores salários, ou labutam em ofícios cada vez mais pesados, afim de equiparar-se ou mesmo igualar-se ao homem, ou ainda orgulhosamente sozinhas, são provedoras da casa e dos filhos. 

Obviamente, não estou aqui subestimando, nem tampouco criticando tais atitudes, afinal sei que em muitos casos isso faz-se necessário. Na verdade, o que quero é deixar claro que hoje compreendo que, infelizmente, para mostrar ao mundo que somos "mulheres de verdade", muitas de nós deixamos de lado - por opção - o ser mulher em seu caráter mais profundo, para consciente ou inconscientemente (esse em muitos casos) abrirmos as portas de nossos lares ao feminismo, o qual tem crescido demasiadamente em nossos tempos e nos roubado de nosso lar, do marido e principalmente de nossos filhos, na tentativa de provar uma superioridade ou igualdade frente aos homens, sucumbindo à feminilidade e maternidade, qualidades a nós tão particulares.

Confesso que vivendo hoje a experiência de ser mãe em tempo integral, me deparo com muitos comentários: “Mas você pensa em voltar a trabalhar?”; “Você não acha ruim depender do seu marido?”; “Seu marido ganha muito bem!”; “Agora você tem muito tempo” e muitas outras dessa natureza. Mas o que posso dizer diante disso é que optar por dedicar-se totalmente no cuidado da família é uma decisão acima de tudo corajosa e abnegada, afinal em um país onde o custo de vida cresce assustadoramente, o sustento do lar com um salário pequeno de apenas um dos cônjuges é no mínimo desafiador e por que não dizer, difícil.

Assim, diante disso, pode surgir outro questionamento: “Como então (sobre)viver com pouco e ainda viver tranquila?” ou” Como vocês conseguem?”. Respondo primeiramente com as palavras de Jesus: “Não vos preocupeis com a vossa vida quanto ao que haveis de comer, nem com o vosso corpo quanto ao que haveis de vestir” (Cf Mt 6, 25), ou seja, é necessário que confiemos que Deus está no controle e é d´Ele que nos vem o sustento. Depois digo: é preciso ter prioridades, isso se queremos, de fato, que nossos filhos cresçam intelectualmente, espiritualmente, moralmente e por que não, fisicamente saudáveis. É necessário abrirmos mão do luxo, dos excessos, do supérfluo e tudo mais que uma renda familiar mais generosa pode nos proporcionar. Confesso-vos que por muitas vezes isso me é um tanto custoso, mas quando olho para meu filho vejo que vale a pena. Daí então, o papel da mulher, junto ao marido, dentro de casa ser tão fundamental, pois se assim o for exercido com amor e dedicação, poderemos formar famílias de fato edificadas na rocha. 

Não posso também deixar de destacar nossa importância no processo de formação humana e espiritual dos filhos quando nos mantemos em casa, em vista do risco que a tv e a internet tem proporcionado nos nossos dias, no que diz respeito a esses dois aspectos, uma vez que tais responsabilidades antes dos pais, tem sido atribuídas a esses meios de comunicação, contudo em relação a esse tema especificamente, cabe falar em outro momento. 

Então, sem mais delongas, deixo aqui meus sinceros parabéns a todas àquelas mulheres donas de casa, que no esconderijo do seu lar decidiram, voluntariamente, abnegar de seus sonhos, projetos e anseios para contribuírem com Deus na missão de gerar vidas e hoje dedicam-se inteiramente no cuidado da família e do lar, sem contudo deixarem de serem mulheres guerreiras. A vocês, meu respeito e admiração!!!!!!
 
"Uma mulher virtuosa, quem pode encontrá-la?" (Pro 31, 1).

Katiana Nascimento - mãe do Josué e esposa de Cícero Marciel

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