No último
dia oito, após ver na tv muitas homenagens as mulheres pelo dia a nós
dedicado, me pus a pensar o quanto nosso papel dentro do lar está
visivelmente depreciado frente à sociedade, uma vez que atualmente, sempre os
maiores e melhores exemplos e "modelos" de mulheres são aqueles em
que estas trabalham exaustivas horas para ganhar melhores salários, ou labutam
em ofícios cada vez mais pesados, afim de equiparar-se ou mesmo igualar-se ao
homem, ou ainda orgulhosamente sozinhas, são provedoras da casa e dos filhos.
Obviamente,
não estou aqui subestimando, nem tampouco criticando tais atitudes, afinal sei
que em muitos casos isso faz-se necessário. Na verdade, o que quero é deixar
claro que hoje compreendo que, infelizmente, para mostrar ao mundo que somos
"mulheres de verdade", muitas de nós deixamos de lado - por opção - o
ser mulher em seu caráter mais profundo, para consciente ou inconscientemente
(esse em muitos casos) abrirmos as portas de nossos lares ao feminismo, o qual
tem crescido demasiadamente em nossos tempos e nos roubado de nosso lar, do marido
e principalmente de nossos filhos, na tentativa de provar uma superioridade ou
igualdade frente aos homens, sucumbindo à feminilidade e maternidade,
qualidades a nós tão particulares.
Confesso
que vivendo hoje a experiência de ser mãe em tempo integral, me deparo com
muitos comentários: “Mas você pensa em voltar a trabalhar?”; “Você não acha
ruim depender do seu marido?”; “Seu marido ganha muito bem!”; “Agora você tem
muito tempo” e muitas outras dessa natureza. Mas o que posso dizer diante disso
é que optar por dedicar-se totalmente no cuidado da família é uma decisão acima
de tudo corajosa e abnegada, afinal em um país onde o custo de vida cresce
assustadoramente, o sustento do lar com um salário pequeno de apenas um dos
cônjuges é no mínimo desafiador e por que não dizer, difícil.
Assim,
diante disso, pode surgir outro questionamento: “Como então (sobre)viver com
pouco e ainda viver tranquila?” ou” Como vocês conseguem?”. Respondo
primeiramente com as palavras de Jesus: “Não vos preocupeis com a vossa vida
quanto ao que haveis de comer, nem com o vosso corpo quanto ao que haveis de
vestir” (Cf Mt 6, 25), ou seja, é necessário que confiemos que Deus está no
controle e é d´Ele que nos vem o sustento. Depois digo: é preciso ter prioridades,
isso se queremos, de fato, que nossos filhos cresçam intelectualmente,
espiritualmente, moralmente e por que não, fisicamente saudáveis. É necessário
abrirmos mão do luxo, dos excessos, do supérfluo e tudo mais que uma renda
familiar mais generosa pode nos proporcionar. Confesso-vos que por muitas vezes
isso me é um tanto custoso, mas quando olho para meu filho vejo que vale a
pena. Daí
então, o papel da mulher, junto ao marido, dentro de casa ser tão fundamental,
pois se assim o for exercido com amor e dedicação, poderemos formar famílias de
fato edificadas na rocha.
Não
posso também deixar de destacar nossa importância no processo de formação
humana e espiritual dos filhos quando nos mantemos em casa, em vista do risco
que a tv e a internet tem proporcionado nos nossos dias, no que diz respeito a
esses dois aspectos, uma vez que tais responsabilidades antes dos pais, tem
sido atribuídas a esses meios de comunicação, contudo em relação a esse tema
especificamente, cabe falar em outro momento.
Então,
sem mais delongas, deixo aqui meus sinceros parabéns a todas àquelas mulheres
donas de casa, que no esconderijo do seu lar decidiram, voluntariamente,
abnegar de seus sonhos, projetos e anseios para contribuírem com Deus na missão
de gerar vidas e hoje dedicam-se inteiramente no cuidado da família e do lar,
sem contudo deixarem de serem mulheres guerreiras. A vocês, meu respeito e
admiração!!!!!!
"Uma mulher virtuosa, quem pode
encontrá-la?" (Pro 31, 1).
Katiana Nascimento - mãe do Josué e esposa de Cícero Marciel
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