quarta-feira, 11 de julho de 2012

Livros que recomendo (VI)

Tendo em vista minhas leituras nesse semestre, trago nessa postagem outras dicas de bons livros, a saber:

a) Começo com o livro "Inquisição: história, mito e verdade" de Joseph Bernard publicado pela Ed. Formatto. Quem nunca falou mal da Igreja quando o assunto é a Inquisição? Aliás, pouquíssimas pessoas realmente leram ou estudaram algo sobre esse período da história. Nesse livro, informações bem interessantes são postas no verdadeira contexto histórico da época. Recomendo principalmente para os "historiadores de plantão" que tudo sabem sobre a inquisição, mas nunca leram nada sobre a mesma!

 



b) Gostaria de enfatizar com muito carinho o livro da mística Anna Catharina Emmerich intitulado "Vida, Paixão e Glorificação do Cordeiro de Deus" - Ed. MIR, que ficou mais conhecido por causa do filme "Paixão de Cristo" de Mel Gibson. Isso mesmo! O filme é baseado nas "visões místicas" que essa religiosa agostiniana (1774-1824) teve durante vários anos. Durante a Quaresma desse ano pude mergulhar nas minúcias descritas pela mística sobre a vida de Jesus... É uma leitura fantástica e fascinante, pois nos revela o quanto somos amados por Deus. O número elevado de detalhes é impressionante (o livro é denso!), mas nada que faça o leitor desviar seu olhar das cenas principais da vida de Jesus. Com toda certeza, após a leitura desse livro, nunca mais meditei a Via-Sacra como antes, mas agora de forma mais intensa. Catharina Emmerich nos exorta a repararmos o Coração Sagrado de Jesus com mais ímpeto e mais amor esponsal. Certamente esse é um dos melhores livros que li em minha vida!

c) Desde 2007 que adquiri o livro "Não vos conformeis com este mundo" do Prof. Felipe Aquino - Ed. Cléofas e ainda não tinha lido na íntegra. Aproveitei uma noite em branco (Maria Gabriela estava doente e tive que ficar de plantão!) e me deleitei com esse livro. O autor trata de diversos assuntos "atuais" e significativos que revelam o relativismo moral predominante em nossa sociedade. Questões sobre o ateísmo, a precariedade da vida humana, as dificuldades nas famílias, dentre outras, são tratadas de forma resumida mas bastante esclarecedora. O próprio título deixa claro que nós cristãos que estamos nesse mundo, mas daqui não somos, precisamos reagir, ou melhor, não se conformar (no sentido de moldar-se a ele) com este mundo, pois a nosso destino é o Céu! Recomendo!


d) O segundo livro que leio de Peter Kreeft (em outra postagem recomendei o livro "A Guerra Cultural") que se chama "O Manual do Peregrino Moderno" - Ed. Ecclesiae. Confesso que me impressiona a forma como o autor "dialoga" com o leitor. Aliás, o livro é escrito em forma de diálogo entre um peregrino e o grande filósofo Sócrates. Um "passeio" na história filosófica é realizado em busca da Verdade, todavia, nesse percurso, alguns encontros e diálogos são necessários para essa descoberta da Verdade, tais como as conversas com o cético, o cínico, o niilista, o materialista, o relativista, o ateu, o panteísta e o deísta, o judeu, até chegar no Messias que é Jesus Cristo. Livro fenomenal!!! Recomendo!

e) Todas as vezses que leio algo sobre o Papa Bento XVI me impressiono com sua inteligência e ao mesmo tempo simplicidade. No livro "Luz do mundo" - Ed. Paulinas, que é na verdade uma livro-entrevista ou conversa do Papa Bento XVI com o jornalista Peter Seewald (a exemplo do livro "Sal da Terra"), o Papa fala da Igreja, dos sinais dos tempos, da crise clerical e de seu pontificado, com muita clareza e serenidade. Vale destacar que "jamais dantes na história da Igreja um Pontífice Romano se havia permitido uma entrevista pessoal e direta" (p. 11). Chama atenção a autenticidade do Papa em tratar de temas tão difíceiscomo o caso dos abusos sexuais e da pedofilia. Ele fala sobre sua vida como Papa, como servo, como filho de Deus:


"Ser papa não significa colocar-se como um soberano repleto de gl´roa mas, antes, dar testemunho daquele que foi crucificado, e estar disposto a exercitar o próprio ministério também dessa maneira, em união com ele" (p. 26)

"E o Papa Bento, como reza? No que tange ao Papa, também ele é um pobre mendicante diante de Deus, mais ainda do que as demais pessoas. Naturalmente, antes de mais nada, rezo ao Senhor, a quem estou unido, por assim dizer, por amizade antiga. Invoco também os santos. Sou muito amigo de Agostinho, de Boaventura e de Tomás de Aquino. Digo-lhes: Ajudem-me! A Mãe de Deus, então, é sempre e, em todo caso, um grande ponto de referência" (p. 33)

Livro recomendadíssimo!

f) Por último, comente brevemente o livro "A Sagrada Escritura no Mistério da Santa Missa: Razões para ser Católico" - Ed. Palavra & Prece, que tem como organizadores Scott Hahn e Regis J. Flaherty. Uma série de artigos que evidenciam a relação entre os textos bíblicos a o Santo Sacrifício de Jesus - a Santa Missa! A maneira como os autores comentam o antigo sacrifício dos judeus (e nesse livros há muitos detalhes que até então eu desconhecia) e o verdadeiro sacrifício do Cordeiro Imolado que é Jesus Cristo é muito interessante. Recomendo esses livros principalmente para aqueles que acham (e se sentem no direito de achar ou questionar o mistério da Missa - o centro da nossa vida cristã!) a Santa Missa monótona ou qualquer outro adjetivo pejorativo. Como diz o Papa Bento XVI, "a liturgia não é um show, não é um teatro, não é um espetáculo, mas haure sua vida de Outro". Esse Outro é o próprio Deus que se fez carne e permance no meio de nós!

Boa leitura!!!

De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria

Nenhum comentário: