segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pai, palavra pequenina...

Ontem foi comemorado o "Dia dos Pais"... É impressionante como nós estamos perdendo cada vez mais os valores ensinados por Deus ao ponto de ser necessário designar um dia específico para celebrar a importância do pai, da mãe, do avô, da avó. Digo isto pelo fato de nessas ocasiões serem criadas "fantasias" que não combinam muito com a realidade, pois muitos carecem de sensibilidade com seus pais, com seus filhos, com o próximo. 

Não posto esse texto para reclamar ou simplesmente para se dizer pessimista diante de nossa geração ou como alguns costumam dizer, sociedade moderna, dinâmica e qualificada. Meu intuito é alertar e fazer com que reflitamos sobre a necessidade de tornar um dia numa continuidade presente na vida de cada um de nós. Esse detalhe se torna deveras importante se nos dermos conta do valor da família, daqueles que nos geraram e foram escolhidos por Deus para nos educar, mesmo com as suas tamanhas limitações (assim como nós!). 

Ontem no final da tarde passei frente a um bar e percebi que estava repleto de homens, certamente ali havia alguns pais que poderiam estar em seus lares com seus filhos e esposa abraçados, conversando ou quem sabe se preparando para ir a Santa Missa em sua paróquia. Mas não, a grande maioria não se deu conta dos dons oferecidos por Deus aos que se tornaram pais e por sua vez, aos que se tornaram filhos... 

Em mais um domingo de agosto (o 2º como é de costume), os programas na televisão evidenciam a data, a comemoração, os testemunhos são expostos, as mensagens são ditas, lidas, cantadas... São extensas as atividades alusivas ao dia dos pais, mas fica dentro de mim aquela indagação: Por que apenas hoje? Por que esse dia específico ou quase único no ano para tal situação?

Penso que o caro(a) leitor(a) já percebeu o porquê dessa postagem na segunda-feira, isto é, para tentar fugir um pouco da regra e tentar expressar que hoje também continua sendo o dia dos pais, das mães, dos avós. Deus nos dá diariamente a oportunidade de sermos instrumentos do Seu amor para com o próximo, especialmente os mais próximos literalmente de nós - os pais. 

Há 19 anos que meu amigão e pai José Milton não me abraça mais fisicamente nem lhe posso presentear como era de praxe, mas a lembrança daquele abraço apertado, seu cheiro, seu sorriso e brincadeiras, continuam mais do que presentes em meu coração. Ademais, sendo hoje pai, esses sentimentos afloram de maneira mais sublime e forte. É maravilhoso perceber o quanto Painho continua vivo dentro de mim, nas ações de minhas filhas Maria Clara e Maria Gabriela. Aliás, ontem elas se vestiram de "Papai Danilo com barba e bigode, semelhante ao que fico no período da Quaresma", foi muito engraçado ver o esforço delas em me alegrar e dizer com um jeito simples o quanto sou amado.

Talvez a maioria das pessoas não falem mais dos pais nos próximos 364 dias (incluindo essa segunda-feira), todavia, acordei cedo para acordar minhas filhas para irem a escola, tomar café, deixá-las no colégio, trabalhar, trabalhar, estudar... Continuo com as mesmas atribuições de pais... Aliás, Deus continua a me convocar a ser aquilo que Ele sonhou para mim - um pai bondoso, amoroso e responsável! Que o Glorioso São José me conceda a graça de amar minhas filhas como ele amou Jesus e ensiná-las a experimentar o amor do Senhor, a seguir os passos de Cristo, a serem escravas de Nossa Senhora, enfim, a viverem a santidade.

Maria Gabriela escreveu um bilhete que dizia mais ou menos assim: Pai, palavra pequenina que carrega grande valor... Obrigado Senhor por me dá a graça de ser um Pai!!!

De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria

5 comentários:

Disse? tá Dito disse...

Concordo, Danilo. Quantas e quantas vezes, nós jovens temos a oportunidade de dizer um simples "Eu te amo", oferecer um abraço, um beijo, talvez um simples gesto de carinho ou uma palavra aos nosso pais e nos negamos. Uns por vergonha por não terem tanta intimidade com seus pais e outros apenas por rebeldia. Me pergunto o por que dessa atitude.

Quantos e quantos jovens, hoje, ontem ou todos os outros dias do ano não gostariam de ter um pai ao seu lado. Nós temos essa oportunidade todos os dias e não aproveitamos.

Se faz necessário rever tudo isso, mas não só no dia dos pais e sim todos os dias.

Acrescento que o mesmo vale para nosso querido São José, que tantas vezes é posto de lado ou esquecido por nós fiéis. Mas que no escondimento teve um papel tão importante na infância do Nosso Senhor Jesus Cristo.

Por fim, rogo a Deus, pela intercessão da Virgem Maria e do seu esposo São José, por todos os pais, que abençoe essa vocação geradora de vida que é ser pai.

Parabéns pelo texto.

laiane disse...

Texo muito verdadeiro amigo!
Que nós percebamos o grande valor das coisas simples... alertemos para essa era comteporânea toda cheia de relativismo, onde deixa sempre em 2°,3°,4° ou sei lá mais quantos plano, os sonhos de Deus, o verdadeiro criador de tudo! É por ele, só por Ele que ainda estamos aqui! Que a Sagrada Família de Nazaré seja sempre nosso modelo! Deus em tudo seja Louvado!

Suília disse...

Parabéns pela postagem... estamos precisando disso, de pessoas que além de acreditarem, se expressem.

Que o amor de Deus te fortaleça cada vez mais nesta caminhada.

Abraço Fraterno.

Joselly disse...

Amigo Danilo,

Você tem razão: todos os dias devemos ter consciência da importância que nossos familiares e amigos têm em nossas vidas e louvar e agradecer a Deus por isso.
Isso é o exercício do amor e tem que ser diário como uma oração.

Lindo post!

Abraço,

vitoria disse...

é verdade amigo que palavras lindas. que belo tbm ver as "Marias" tão prestativas, felizes por saberem que iam fazer você feliz!

Abençoados os que tem suas familias e as amam com amor incondicional! Deus abençoe sua familia forte abraço