quarta-feira, 2 de março de 2011

Ele aniquila-se...

É a vida de oração que constitui o valor de toda santidade, a raiz da caridade e do amor. Contemplai Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento; está sempre a orar. É o grande suplicante da Igreja, e obtém mais por sua oração do que todas as criaturas juntas. Jesus porém reza no aniquilamento. Quem vê ou percebe sua oração? Os Apóstolos viam-nO rezar sobre a terra, podiam ouvir os seus gemidos no Jardim das Oliveiras. Aqui, entretanto, a sua oração é toda aniquilada, e é tanto mais poderosa quanto mais profundo é o seu estado de imolação. 

Comprimi a esponja, e ela deixará correr o líquido que contém; a compressão é necessária para que haja grande força de expansão. Eis por que Nosso Senhor se aniquila, se reduz a nada, oprime-se, para que o seu amor se precipite com uma força infinita para o seu Pai Celeste. 


A alma contemplativa reconhece em Jesus o seu modelo; não quer ser reconhecida, recolhe-se, concentra-se e apraz-lhe estar sozinha. Quantas almas, desprezadas pelo mundo, são, no entanto, todo-poderosas, porque a sua oração se assemelha à de Jesus-Hóstia! (São Pedro Julião Eymard – Flores de Eucaristia)

Um comentário:

Laiane das Graças disse...

9 de Março de 2011, quarta-feira de Cinzas, início da quaresma.
"O coração se deixa levar pelo sentimento, o espírito porém, quer ser vencido pelas razões, rendendo-se unicamente à evidência. Fazei-o raciocinar; é necessário muito tempo para convertê-lo, e não é fácil conseguir um resultado satisfatório, principalmente em se tratando de orgulho". (Sâo Pedro Julião Eymard. Flores da Eucaristia) Que essa Quaresma seja, antes de tudo, um tempo de conversão!