sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A beleza da castidade

Retomo os “trabalhos” caros leitores, mesmo sendo vocês parcos e poucos, todavia, creio que sempre vale a pena tentar... Além do mais, nossas vidas são constantes tentativas! Concordam comigo? Tentativas frustradas é verdade, mas com a graça de Deus obtemos muitos êxitos nessa longa peregrinação. Enfim, volto, retorno, tento novamente partilhar a nossa fé nesse espaço, principalmente por causa da exortação do Santo Padre o Papa Bento XVI quando na última segunda-feira – 24/01/2011 (memória de São Francisco de Sales) o mesmo convidava os cristão a unirem-se mais através das redes sociais: “Quero convidar os cristãos a unirem-se confiadamente e com criatividade consciente e responsável na rede de relações que a era digital tornou possível; e não simplesmente para satisfazer o desejo de estar presente, mas porque esta rede tornou-se parte integrante da vida humana”. Desse modo, por obediência ao Papa e pelo desejo de anunciar as maravilhas de Deus, aqui estou para minhas modéstias reflexões e partilhas sobre nossa fé.

Não por acaso falarei de uma temática “espinhosa” para os dias atuais, mas impulsionado pela leitura de um excelente livro (A vida sexual dos solteiros e casados – Ed. Loyola) do sacerdote e médico falecido em 1995 chamado João Mohana. Esse humilde homem conseguiu aliar de forma exemplar seus conhecimentos médicos às suas atividades pastorais, ou melhor, a sua vocação como sacerdote, como anunciador dos ensinamentos de Jesus. 




De maneira empolgante e transparente, o sacerdote-médico traça linhas gerais sobre nossa sexualidade, sempre enfatizando a beleza da castidade, tema central da minha partilha.

A castidade foi o recurso que Deus encontrou para fazer o homem viver a vida que viveria se não tivesse acontecido o pecado. Foi o estilo de vida sexual que Deus imaginou para restabelecer um aspecto da harmonia humana” (MOHANA, 2002, p. 94)

Fico refletindo como nossa sociedade “inverte os valores” a tal ponto de negligenciar e em alguns casos excluir a castidade de suas vidas, dos valores tão preconizados por aqueles que amam a Deus. Quantas vezes fui interpelado na minha adolescência e juventude sobre o valor da castidade? Perguntavam-me não raramente: Será possível tal experiência atualmente? Hoje afirmo com certeza que é possível! Aliás, torna-se necessário a difusão, o anúncio, as partilhas das experiências vivenciadas através da castidade. Nós cristãos católicos precisamos evidenciar mais, ou melhor, testemunhar com mais afinco tamanho tesouro dado por Deus, tendo em vista a vasta libertinagem, a tamanha irresponsabilidade, os valores contrários a nossa fé tão expostos na mídia (até nas escolas!!!), nas universidades, nas ruas, nas praças... Não posso fugir daquilo que Deus me chamou!

De acordo com o sacerdote-médico, “pecar é não querer ser feliz como Deus concebe a felicidade para nós” (2002, p. 95). Quando penso em minha sexualidade de forma egoísta, no sentido de dissociar a união com a procriação (entenda esse termo no sentido mais belo da palavra: perpetuar a espécie humana, ser “co-criador” com Deus), visando deleites e prazeres separados do comprometimento, da responsabilidade, estou cometendo grande delito, estou roubando Deus (frase de João Mohana), porque roubo o prazer que Deus ligou ao compromisso da procriação e da paternidade.

A castidade é justamente o “instrumento” salutar, o “exercício necessário” para vivenciarmos e desfrutarmos de forma legítima o prazer sexual. Concluo citando o inspirado autor quando enaltece mais uma vez uma alma casta:

“CREIO QUE FICOU CLARO QUE O CASTO NÃO É UM UTÓPICO. É SIMPLESMENTE UM RESPONSÁVEL”.

A seguir segue a bela poesia (A Castidade) de uma grande doutora da Igreja – a doce e encantadora Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face (essa poesia se encontra como canção no cd “Em uma noite escura” da Ir. Kelly Patrícia):

A castidade me torna Irmã dos Anjos
Estes espíritos puros, vitoriosos a valer
Espero um dia voar em suas falanges.
Mas no exílio com eles devo combater

Sem repouso, sem tréguas, devo lutar
Por meu Esposo, o Senhor das nações,
A castidade é minha espada singular
Que pode lhe conquistar os corações.

A castidade me torna Irmã dos Anjos
Estes espíritos puros, vitoriosos a valer
Espero um dia voar em suas falanges
Mas no exílio com eles devo combater

A castidade é minha arma invencível
Por ela meus inimigos abaterei.
Por ela eu me torno, oh felicidade,
Invencível, esposa de Jesus,
Meu Rei, meu Rei, meu Rei.

3 comentários:

Laiane das Graças disse...

Retornou bem heim?!?! Belo post!
"casto não é utópico, é simplesmente um responsável" Perfeito!

Anônimo disse...

Querido irmão, sua benção? Quando puder post algo sobre o ano mariano. Pode usar os textos do Pe. Rodrigo.
Abração! Estou voltando hoje para o Recife.
Ir. Pio do Santíssimo Mistério do Calvário.
"Non enim erubesco Evangelium"(Rm 1,16)

laiane disse...

Sê puro e reto de coração!
Que lindo!