Rasgai os vossos corações, não as
vossas roupas, retornai ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é bondoso e
misericordioso, lento na ira e cheio de amor, e se compadece da
desgraça. (Jl 2, 13)
Já estamos muito próximos daquela que é a
grande semana para nós cristãos católicos, a saber, a Semana Santa.
Esse período é tão significativo para a boa vivência da fé cristã que é
antecedido por um longo período de preparação, conhecido como Quaresma.
A Quaresma, período que ainda estamos
vivenciando, é composto por quarenta dias - como o próprio nome está a
aduzir, durante os quais a Igreja nos convida à purificação interior
para assim podermos bem viver a Semana Santa e colher todos os possíveis
frutos da grande solenidade da Páscoa.
Essa frase retirada do livro do profeta
Joel exprime com precisão como deve ser o nosso caminhar nesta
quaresma. Ainda que estejamos na sua última semana, pois dentro de
poucos dias a Igreja adentrará no mistério da Semana Santa e que
culminará com a celebração pascal, ainda é tempo de voltar todo o nosso
ser para Deus, ainda é tempo de nos esforçarmos um pouco mais para fazer
com que os nossos corações pulsem no ritmo do sagrado coração do Senhor
Jesus.
De fato, foi difícil manter o
recolhimento num período em que a Igreja viveu momentos tão intensos:
iniciamos o período quaresmal já com a notícia da renúncia de Bento XVI e
no seu ínterim tivemos a eleição do novo sucessor de Pedro, o Papa
Francisco. No entanto, podemos e devemos pedir o auxílio do Espírito
Santo para que Ele venha acalmar os nossos ânimos agitados e venha
também em auxílio da nossa fraqueza.
Neste dias que antecedem a Semana Santa,
façamos um bom exame de consciência, reflitamos acerca das nossas
atitudes: se realmente temos vivido como autênticos cristãos, ou se
apenas professamos uma fé que na verdade já abandonamos a muito tempo.
Levemos estes questionamentos ao tribunal do nosso coração e da nossa
reta consciência, e seja qual for o parecer, Cristo nos deixou um dos
mais belos sacramentos, o da Confissão, conhecido também como
"Sacramento da Reconciliação", pois por meio dele nos reconciliamos com o
Senhor, com o nosso Criador, com Aquele que não obstante a nossa
infidelidade, permanece sempre fiel no seu amor para conosco, e quando
nos arrependemos e decidimos voltar, Ele nos acolhe em seu eterno amor.
Rasguemos os nossos corações numa
confissão bem feita, honesta; não escondamos do ministro de Deus – o
Sacerdote – nenhuma de nossas faltas, mas lancemos luzes em cada recanto
escuro da nossa alma, para assim bem adentrarmos na Semana Santa e
sermos uma doce companhia ao coração agonizante de Jesus, que já
experimenta a agonia das horas que antecedem a sua morte violenta.
Que a Virgem Maria nos ensine a adentrar no mais íntimo de nós para aí encontrar Deus!
Ir. Patrícia, I.H.
Fonte: Site do Instituto Hesed - http://www.institutohesed.org.br/
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