Queridos Amigos,
Cristo ressuscitou!! Verdadeiramente Ele ressuscitou!!
Neste tempo pascal queremos ainda desejar a cada um de vocês uma Feliz Páscoa! E hoje dia do trabalho estamos unidos a cada trabalhador(a) rezando para que o Senhor nos dê forças para o trabalho de cada dia. Rezamos também por todos aqueles que não podem trabalhar seja por uma razão ou outra… Doença, desemprego, idade… Não podemos nos avaliar somente pelo que produzimos… Catarina dizia « não é o que fazemos que conta, mas é o que somos que conta ». Ela falava muito da doença chamada « produtinite », isto é, a doença de avaliar as pessoas e a si mesmo pela produção… Se eu produzo muito, então eu tenho valor, se eu produzo pouco, então eu não tenho valor. Mas afinal, como diz São Paulo na carta aos Coríntios, o que conta é se vivemos o dia com amor no nosso coração. E assim nós vamos ao nosso coração, a esta terra de missão e desolação e deixamos que Deus nos purifique. O Espírito Santo vai procurando nesta terra desolada a pérola perdida, Ele vai abrindo e alargando o nosso coração e vai nos chamando a uma maior fidelidade ao Pai e à Sua vontade. A primeira terra de missão é o nosso coração.
Cristo ressuscitou!! Verdadeiramente Ele ressuscitou!!
Neste tempo pascal queremos ainda desejar a cada um de vocês uma Feliz Páscoa! E hoje dia do trabalho estamos unidos a cada trabalhador(a) rezando para que o Senhor nos dê forças para o trabalho de cada dia. Rezamos também por todos aqueles que não podem trabalhar seja por uma razão ou outra… Doença, desemprego, idade… Não podemos nos avaliar somente pelo que produzimos… Catarina dizia « não é o que fazemos que conta, mas é o que somos que conta ». Ela falava muito da doença chamada « produtinite », isto é, a doença de avaliar as pessoas e a si mesmo pela produção… Se eu produzo muito, então eu tenho valor, se eu produzo pouco, então eu não tenho valor. Mas afinal, como diz São Paulo na carta aos Coríntios, o que conta é se vivemos o dia com amor no nosso coração. E assim nós vamos ao nosso coração, a esta terra de missão e desolação e deixamos que Deus nos purifique. O Espírito Santo vai procurando nesta terra desolada a pérola perdida, Ele vai abrindo e alargando o nosso coração e vai nos chamando a uma maior fidelidade ao Pai e à Sua vontade. A primeira terra de missão é o nosso coração.
A
Igreja celebrou no segundo Domingo de Páscoa a festa da Misericórdia…
Como muitos de vocês já sabem, esta festa foi instituída por João Paulo
II seguindo um pedido de Jesus revelado a Santa Faustina na Polônia… No
fim da quaresma Madonna House teve a honra de ser convidada a pregar um
retiro na Polônia e nós enviamos uma equipe da comunidade constituída
por um padre; um leigo e uma leiga consagrados. Enviamos nesta Partilhas
uma foto do Pe. Wild que é o padre de Madonna House que foi enviado
para pregar o retiro. Na foto ele está celebrando a Missa em um altar do
Santuario da Misericórdia em Cracóvia onde a Santa Faustina viveu
muitos anos.
Em Madonna House, o chamado à hospitalidade do coração, o acolhimento da
misericórdia e o seu exercício são essenciais para nossa vocação. Mas
acolher a Deus e ao nosso próximo na profundidade de nosso ser, exige
que nosso coração seja evangelizado em sua profundidade. Aos poucos Deus
vai revelando partes de nós mesmos que ainda não acreditam e não
confiam plenamente Nele… partes de nós mesmos que ainda não se
entregaram plenamente ao amor e à verdade… partes de nós mesmos que O
rejeitam e que se rebelam contra Deus. Mas esta revelação de nós mesmos
vem acompanhada pela infinita ternura de Deus que nos banha em Sua
misericórdia. E ao receber a misericórdia de Deus nós somos chamados a
entrar no coração de nosso próximo e lá derramar a misericórdia e
compaixão que nós recebemos. “Vá ao fundo do coração dos homens; Eu
estarei com você”, diz o mandato que Catarina recebeu de Deus para
Madonna House.
Partilhando estórias da Catarina
Marta – “Mãos de Trabalho”
Um dia eu estava reparando nas mãos grossas da Catarina. Ela realmente
tinha mãos de uma trabalhadora. A gente podia ver nelas o trabalho da
roupa limpinha, do chão encerado, da louça lavada, da horta verdinha.
Naquele dia eu segurei a mão dela com muito carinho… E aquelas mãos
quentinhas, cheias de calo, abraçaram as minhas. A Catarina viu que eu
estava sentindo com a minha mão os calos na mão dela. Ela disse que
tinha mãos de trabalhadora, mas que os calos na mão dela eram nada
comparados com os calos de Marta. Foi então que ela me contou a estória
de Marta –“mãos de trabalho”.
Marta chegou em um dia de chuva. Sua pele brilhava negra, ela estava
toda molhada. Eu ofereci a ela um café bem quente e uma toalha para ela
se enxugar. Ela esfregou a pele molhada com a toalha e tomou o café
devagarinho. A língua dela estalava com cada gole de café, a dentadura
frouxa na boca.
Quando a caneca de café se esvaziou, ela começou a falar. Suas mãos gesticulando falavam também… Elas mexiam no ar atraindo a minha atenção. Parecia
que ela trazia leve nas mãos anos e anos de serviço pesado. Aquelas
mãos davam piruetas no ar como que brincando e rindo em meio à dor e ao
suor de muito trabalho. E com suas mãos de trabalho, ela tirou um
dinheirinho do bolso e disse que era para a sopa dos pobres.
Eu recebi com alegria aquele dinheiro suado que Marta me deu. Ela me
disse que trabalhava como faxineira, mas que no seu dia de folga ela ia
vir nos ajudar a limpar a casa. E o sorriso dela se iluminou quando se
despediu apertando a minha mão.
Passou uma semana certinho e Marta voltou. Ela limpou todos os
cantos da casa, rápida no serviço como alguém que sabe o que está
fazendo. Parecia que suas mãos mágicas descobriam em cada cantinho a
sujeira escondida. Terminada a limpeza, ela tomou um banho, sentou-se
conosco e engoliu a sopa com colheradas de quem tinha fome. Quando ela
foi embora, mais uma vez suas mãos tiraram do bolso umas moedas e me
deram alegria.
Toda semana Marta vinha e limpava a casa, tomava sopa e de quebra me
dava uns trocados. A gente se acostumou com a alegria de ver Marta em
casa uma vez por semana… Mas de repente ela desapareceu…Sumiu e eu não
sei o que aconteceu. Eu nem sei o sobrenome dela. Mas ficou para sempre
em mim o carinho de suas mãos mágicas, limpando, voando rápidas no
ar…Será que foi minha imaginação ou de fato ela apertou minha mão mais
longamente quando ela se despediu da última vez?... Será que ela sabia
que jamais aqui voltaria? Naquele dia ela me deu um dinheiro extra. Não
era muito dinheiro, mas era um pouco mais do que ela costumava me dar.
Desde aquele dia eu não posso me desfazer da idéia de que ela me deu
tudo que ela tinha para viver.
(adaptado por Cristina Coutinho do original “Quatro moedas sujas” , Catarina de Hueck Doherty, “Em Parábolas”, Paulinas, 1997)
Nenhum comentário:
Postar um comentário